A inadimplência condominial é um problema difícil para síndicos. Afinal, não se pode fazer melhorias ou pagar as contas se não há dinheiro em caixa porque os próprios condôminos não pagaram sua parte na manutenção do empreendimento.
Uma pesquisa de uma plataforma imobiliária revelou que a inadimplência condominial saltou de 14% para 23% de 2020 ao primeiro semestre deste ano. E pode ficar pior: até o final de 2023, esse salto pode chegar a 25%.
Mas, o que isso significa? Que os condomínios brasileiros deixaram de arrecadar R$ 2,5 bilhões mensais. Na prática: um déficit de R$ 30 bilhões por ano.
No entanto, problemas financeiros não são novidades. A pesquisa Panorama dos Condomínios Brasileiros, divulgada no início do ano, já havia revelado: a gestão financeira é o maior desafio dos condomínios brasileiros.
No Top 5 dos principais problemas reclamados, entre síndicos e moradores, estão:
- Gestão financeira | 25,3%
- Administração do condomínio | 16,7%
- Questões estruturais (obras e manutenções) | 15,7%
- Convivência | 14,7%
- Equipe de gestão | 7%
Por isso, todo condomínio bem administrado precisa ter uma boa previsão orçamentária. É nesta previsão que são alocadas receitas e despesas, e é comum que pelo menos uma vez por ano o orçamento do condomínio seja revisto.
Embora seja importante rever periodicamente as despesas condominiais, negociando contratos e buscando novos fornecedores, é fundamental que exista a entrada das receitas previstas. Portanto, deve ser feito um controle rigoroso da inadimplência condominial, para não haver uma confusão entre o que foi previsto e o que aconteceu em termos de recebimento de recursos financeiros.
Continue a leitura e confira como não deixar a inadimplência condominial gerar problemas ao empreendimento que você administra.
COMO REDUZIR A INADIMPLÊNCIA CONDOMINIAL?
Faça uma previsão orçamentária!
Sabe lá no início do ano, quando você fez uma planilha prevendo todos os gastos e pensando em todos os investimentos que faria no condomínio?
Isso é a previsão orçamentária. Para criá-la, é comum usar dados históricos, custos operacionais ou projeções de negócios para prever o fluxo de caixa do próximo período. Afinal, é a previsão orçamentária que define a taxa condominial anual.
Segundo o Art. 1.350 do Código Civil: “Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembleia dos condôminos, na forma prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger o substituto, alterando o regimento interno”.
No geral, a previsão orçamentária tem base na divisão das seguintes despesas:
Fundo de reserva | Impostos e tributos | Material de limpeza | Seguro condominial | Pagamento de serviços diversos | Custo com manutenções prediais | Consumo de água e energia elétrica | Folha de pagamento dos funcionários | Custo de equipamentos de segurança | Pagamento de férias e 13.º salário dos funcionários
Estabelecendo uma previsão orçamentária, lá no começo do ano, fica mais fácil lidar ou reduzir a inadimplência condominial ao longo dos meses.
Conheça a legislação!
Em primeiro lugar, é o Código Civil que obriga os moradores a contribuírem com as despesas do condomínio, na mesma medida de suas frações ideais. Assim como são obrigados a pagar, quem não o fizer, também é obrigado a cumprir multa.
O síndico é o principal responsável pelo condomínio e, segundo o Art. 1.348 do Código Civil, cabe a ele “cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas”.
Como cobrar? Mediante um processo judicial ou por meio de uma carta de cobrança.
Além da multa, quem provoca a inadimplência condominial também não pode votar nas assembleias sobre qualquer decisão para o condomínio.
Como as despesas são de responsabilidade do proprietário, em caso de venda do imóvel, é o novo dono, e não o inquilino, quem assume as responsabilidades.
Conversa + conscientização
Para muitas pessoas, assuntos relacionados a finanças são difíceis de abordar quando a situação entra “no vermelho”.
No entanto, é função do síndico conversar com os moradores que estão em situação de inadimplência. Procure saber o que aconteceu e como a situação pode ser resolvida. Seja um bom ouvinte e tente resolver o problema de forma amistosa para não chegar ao ponto de ninguém ser processado.
Além disso, é importante fazer campanhas de conscientização sobre como a inadimplência condominial é um problema para todos os moradores. Isso pode ser feito com cartazes nas áreas comuns ou e-mails marketing.
Facilite o pagamento
Uma das principais razões para acontecer a inadimplência condominial são as formas de pagamento.
Você já pensou em oferecer meios diversos para os condôminos realizarem o pagamento das taxas condominiais?
Pode ser boleto bancário, débito automático, PIX e até parcelado. Assim, o condomínio mantém a sua saúde financeira e os condôminos também!
Encontre meios para diminuir a taxa de condomínio
Você não acha que um dos fornecedores está muito caro? Que tal fazer uma nova cotação para encontrar o mesmo serviço, mais em conta e com a mesma qualidade?
Renegociar com fornecedores é uma das soluções para diminuir a taxa de condomínio e, por consequência, reduzir a inadimplência condominial!
Outras ideias possíveis:
- Evitar que funcionários façam horas extras
- Investir em soluções tecnológicas (portaria remota, por exemplo)
- Economizar energia elétrica (placas solares resolvem esse problema!)
- Conscientizar os moradores a cuidar das áreas comuns para evitar muitas manutenções por quebra de equipamentos
SAIBA MAIS -> Panorama dos condomínios brasileiros: pesquisa revela que gestão financeira é o principal problema nos condomínios do país
Entre em contato com a Zangari para garantir a saúde financeira do seu empreendimento. Aproveite e confira outras 5 dicas para reduzir a inadimplência nos condomínios.
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