SP registrou 1.429 ocorrências no 1º semestre de 2025. Mesmo com queda geral, o risco permanece — entenda o que a AABIC recomenda e como reforçar a segurança no seu condomínio.
Nos primeiros seis meses de 2025, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo registrou 1.429 roubos a condomínios. Apesar da leve redução em relação ao mesmo período de 2024, os condomínios seguem como alvos recorrentes — exigindo gestão ativa e medidas objetivas de proteção.
Diante desse quadro, a AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo) reforça um alerta simples e direto: a combinação de tecnologia, treinamento e conscientização dos moradores é hoje o caminho mais efetivo para reduzir riscos e prejuízos.
O que os números dizem em 2025 (SP)
- 1.429 ocorrências em condomínios no 1º semestre de 2025, segundo a SSP — uma queda de 7,6% em relação a 2024, mas ainda em patamar elevado.
- O estado, no geral, alcançou a menor marca de roubos em 25 anos, mostrando tendência positiva no agregado.
- Casos recentes reforçam o risco: em agosto, 28 suspeitos de invadir apartamentos foram presos na capital e na Grande São Paulo; em Osasco, criminosos usaram um controle remoto clonado para acessar um condomínio, sendo flagrados pelas câmeras — dois fugiram, mas um foi preso.
Leitura prática: o risco continua para condomínios, principalmente onde há falhas de rotina, controle de acesso e treinamento de equipes.
O alerta da AABIC: 3 pilares para reduzir o risco
1) Tecnologia certa, integrada e com responsabilidade
- CFTV com análise inteligente (IA), leitura de placas (LPR) e alertas automáticos elevam a capacidade de prevenção e resposta.
- Reconhecimento facial e controle de acesso biométrico podem reduzir fraudes com chaves e tags; a implementação deve observar a LGPD, com base legal, finalidade clara e retenção mínima de dados.
2) Treinamento contínuo da portaria e das rondas
- Procedimentos (POP), simulações e reciclagens periódicas aumentam a disciplina operacional e reduzem erro humano — inclusive em situações de pressão. A AABIC mantém cursos específicos para equipes condominiais.
3) Conscientização diária dos moradores
- Não abrir portões a terceiros, conferir identidades, controlar entregas e reportar comportamentos suspeitos faz diferença. Segurança é responsabilidade compartilhada.
Lições dos casos recentes: como os criminosos entram — e como impedir
“Controle clonado” e engenharia social
No episódio de Osasco, três suspeitos usaram controle remoto clonado para acionar o portão eletrônico. Boas práticas que dificultam a ação:
- Dupla barreira (gaiola de acesso) e tempo de fechamento ajustado;
- CFTV com leitura de placas e alerta em tempo real para a portaria;
- Validação visual do veículo e protocolo de suspeição (rádio, ronda, acionamento 190).
Quadrilhas especializadas
As prisões recentes mostram atuação coordenada (carros de apoio, divisão de tarefas e fuga rápida). O condomínio deve padronizar:
- Checklist de evento anômalo (movimentação fora do padrão, veículos desconhecidos, tentativa de “carona” no portão);
- Registro imediato (câmeras, boletim, hora exata) e comunicação rápida aos moradores e autoridades.
Checklist rápido para o síndico (Pessoas • Processos • Tecnologia)
Pessoas
- Escala de portaria e ronda com treinamentos trimestrais;
- Simulados (entregas, visitantes, incidentes) e avaliação de desempenho;
- Protocolo de comunicação clara (rádio/WhatsApp corporativo).
Processos
- POP de portaria: identificação, cadastro de visitantes, entregas e prestadores;
- Plano de Resposta a Incidentes: quem faz o quê, quando aciona polícia, como preserva evidências;
- Política de comunicação aos moradores pós-evento (transparência sem expor vulnerabilidades).
Tecnologia
- CFTV com cobertura de perímetro, retenção adequada e analytics;
- Controle de acesso (biometria/face) com LGPD + barreiras físicas (gaiola, eclusa, travas);
- Testes periódicos (cronograma) e relatórios de falhas para assembleia.
Como a Zangari ajuda a implementar (do diagnóstico ao plano)
A Zangari atua como parceira do síndico em todas as fases:
- Diagnóstico de risco das rotinas e acessos;
- Desenho de POPs (portaria, entregas, manutenção, incidentes) e materiais de comunicação com moradores;
- Curadoria técnica para seleção de fornecedores e integração de sistemas (sem amarras a marcas);
- Plano de implantação, cronograma e apoio em assembleias para aprovação de investimentos;
- Acompanhamento contínuo (indicadores, auditorias operacionais e revisões trimestrais).
Os números mostram: mesmo com queda geral de roubos no estado, condomínios continuam no radar de quadrilhas — e rotina salva. Somar tecnologia adequada, treinamento e consciência coletiva é o que transforma equipamentos em resultado real. Com método e parceria, a gestão protege pessoas, patrimônio e tranquilidade.
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